Os objectivos da campanha, que decorre entre hoje e sábado (dia 9) são a recolha de testemunhos sobre a situação do comércio e a divulgação do documento “Não ao declínio nacional! – Soluções para o País”. O centro histórico da vila e as suas principais artérias foram percorridas por militantes do Sector das MPME, eleitos e militantes da organização daquela Freguesia. Registe-se o bom acolhimento e testemunhos negando a toada optimista que este (des)governo vai sistemáticamente fazendo passar. A situação não só se mantém muito crítica como se agravou em aspectos dos quais não se tem dado a relevância merecida como seja o “efeito dominó” que resulta da quebra do consumo sobre a cadeia de abastecimento. A falência de cada micro, pequena ou média empresa arrasta, não apenas o seu próprio desemprego, mas também o enfraquecimento em série do universo de quem as fornece.
Dos vários exemplos, por testemunhos recolhidos em estabelecimentos dos sectores das ferragens, dos acessórios e materiais de construção civil, da retrosaria, das malhas e confecções, foram dados vários exemplos das dificuldades e de como a relação se alterou. Neste último sector, foi referido que das 12 fábricas fornecedoras hoje restam 2! Às conhecidas dificuldades que resultam da quebra do poder de compra, do descomunal peso da carga fiscal e do aumento dos factores de produção, soma-se o agravamento do valor das rendas que, em alguns casos, se agravaram em mais de 500%! À luz do que foi ouvido, não causou admiração o número de estabelecimentos encerrados na principal rua de Paço de Arcos: a rua Costa Pinto.
Houve ainda lugar a troca de impressões sobre aspectos de índole local, como sejam o estacionamento ( e a correspondente caça à multa) e a ausência de locais reservados a cargas e descargas, as questões do associativismo (não vale a pena, “eles” estão feitos com a cor do Governo) e as dificuldades criadas pelas grandes superfícies…
Registe-se finalmente o bom acolhimento à abordagem e ao grupo de militantes que asseguraram a tarefa: mesmo nas situações onde o diálogo se iniciou frio e distante, ele terminou com um sorriso e com um sincero “obrigado”.