Sobre a Municipalização do Metro e da Carris, os eleitos da CDU sublinharam, na última reunião da Assembleia de Freguesia de Alcântara de 2014, que é hoje por demais evidente que o Governo PSD/CDS-PP vai avançar com a tentativa de privatização destas duas fundamentais empresas públicas de transporte.
É preciso que fique claro que a intenção do Município de Lisboa em persistir na ilusão de que este assunto se resume a uma mera dicotomia privatização versus gestão municipalizada desvia o foco central do debate e favorece as intenções de privatização almejadas pelo Governo. Em nossa opinião, face ao processo de privatização em curso, a primeira e verdadeira alternativa é a não privatização.
Se o Governo se atrever, como tudo aponta, a avançar com o processo de privatização do Metro e da Carris, é importante que todos os que se opõem a este processo – e juntos têm a força para o travar – materializem essa oposição numa acção convergente e determinada, envolvendo as autarquias locais (Câmara e Assembleia Municipal de Lisboa, Juntas de Freguesia as restantes autarquias da Área Metropolitana de Lisboa), os Trabalhadores e os Utentes.
Relativamente ao Plano de Urbanização de Alcântara – PUA, os eleitos da CDU referiram que um plano de pormenor ou de urbanização é sempre melhor que não haver plano nem organização de espaço; mesmo assim, perante este plano, ficam muitas dúvidas e interrogações que não podem condoer-se nem com a visão de ficar tudo na mesma e acabar com o trabalho no Cais de Alcântara, numa perspectiva negativa que combatemos, nem com a ideia de que agora vamos transformar ruas importantes em passeios turísticos, quando Alcântara é, e deve continuar a ser, uma freguesia de trabalho e de vida, vivida por todos e para todos.
E alertaram, que é fundamental manter sob observação séria e continuada este Plano de Urbanização, que parece ser principalmente destinado a dar luz verde a empreendimentos luxuosos e de rendimento garantido, numa perspectiva especulativa, mas que, pelo contrário, deve ser transformado em motor de desenvolvimento integrado, na resolução de enormes carências socias e urbanísticas, para nova organização e humanização de zonas essenciais e identitárias da freguesia de Alcântara e das freguesias que lhe estão próximas.