A Câmara Municipal de Loures (de maioria CDU) em nota de imprensa denuncia que a privatização da Valorsul “só pode ser considerada como favorecimento a alguns sectores privados, por não haver qualquer outra razão” que justifique esta decisão do Governo, convidando a população a participar numa sessão pública de defesa da Valorsul.
COMUNICADO À POPULAÇÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DE LOURES
Foi aprovada, em Conselho de Ministros, a privatização da Empresa Geral de Fomento (EGF), detentora de 56,17 por cento do capital social da VALORSUL, empresa que trata os resíduos urbanos de 19 municípios, incluindo Loures.
Com esta opção política, por parte do Governo, a empresa de referência nacional no tratamento dos resíduos urbanos deixará de estar nas mãos de entidades públicas e passará a ser maioritariamente detida por um consórcio privado.
Entende a Câmara Municipal de Loures, acionista da VALORSUL com 11,51 por cento do capital, que esta privatização só pode ser considerada como favorecimento a alguns setores privados, por não haver qualquer outra razão que justifique esta privatização, já que:
– A VALORSUL obteve 6,4 milhões de euros de lucro em 2013.
– A VALORSUL é das empresas com tarifa de tratamento de resíduos mais baixa, a nível do território nacional.
– A VALORSUL utiliza tecnologias de ponta para tratamento de resíduos, permitindo elevados desempenhos ambientais, o que é uma importante garantia no caso de uma incineradora de resíduos.
– A VALORSUL tem assumido as suas responsabilidades sociais no que se refere à educação e à consciencialização ambiental e tem, há vários anos, um acordo de empresa com diversos sindicatos.
– A VALORSUL tem níveis de desempenho, no âmbito da defesa do interesse público, que uma empresa privada não garantirá.
É por estas razões que o convidamos a participar na sessão pública em defesa da VALORSUL como empresa pública, a realizar no dia 13 de março, pelas 18 horas, no Centro Cultural de Moscavide.