Situação é agora insustentável – PSD deve provocar eleições
Segundo todos os indicadores, Carmona Rodrigues, Presidente da CM, será ouvido na próxima semana no DIAP na condição de arguido no chamado «caso Bragaparques».
Para o PCP este momento era inevitável e previsível.
A questão é demasiado séria para que as instâncias judiciais nada fizessem.
Foi aliás o PCP que, nos primeiros dias de Agosto de 2005, participou às instâncias competentes a situação deste «negócio ruinoso».
Serenidade e clarificação
Num momento destes, de tão evidente gravidade, impõem-se da parte de uma força política responsável duas atitudes: serenidade e clarificação.
Para o PCP, que apela à máxima serenidade de todos os intervenientes, as vias de saída desta crise em benefício dos cidadãos de Lisboa passam por uma clara responsabilização do PSD por tudo o que está a acontecer e por um apelo ao PSD para que provoque eleições, agora que se esboroa a equipa e não há condições de cumprimento de um resto de mandato com os mínimos de eficácia.
Carmona Rodrigues diz que fica
Carmona Rodrigues, ontem directamente questionado pelo PCP sobre se é arguido ou não, deixou entender claramente que pretende levar o mandato até ao fim.
A questão é que, na actual situação de esboroamento da sua equipa, não se vêem condições de espécie alguma para que a CML se aguente neste plano inclinado.
Eleções são a saída
O PCP está disponível para qualquer saída credível.
A este propósito, o PCP reitera o que já antes foi publicamente garantido por Ruben de Carvalho:
«Jamais será por causa dos eleitos do PCP que tal saída não será possível. Jamais será por causa de eleitos do PCP que esta desgraçada maioria do PSD se manterá no poder».
Responsabilidade primeira é do PSD
A situação concreta de gravíssima crise política paralisante da gestão em que a Câmara de Lisboa está mergulhada é, em primeira linha, da responsabilidade do PSD. Deve por isso o PSD criar com toda a urgência as condições para a saída da crise.
Deve o PSD, designadamente, avançar de imediato para eleições.
Não que o PCP pense que eleições significam solução – entre outras razões porque são só intercalares e só para a CML –, mas as eleições são uma saída desta situação insustentável.
O silêncio dos dirigentes do PSD não abona nada em seu favor e não clarifica a situação.
Lisboa, 27 de Abril de 2007