COMUNICADO DA CÉLULA DO PCP NO MUNÍCIO DE LISBOA
Em mais do que um jornal de ontem, surgiram anúncios da Câmara Municipal de Lisboa assinados pelo Presidente António Costa.
O título desses anúncios pagos pelo dinheiro público é “Descentralizar não é privatizar” e tem subido a um canto a palavra “informação”.
Cumpre então dizer o seguinte:
1º Informar não é mistificar, dizer meias-verdades ou falar daquilo que ninguém nunca questionou. António Costa diz, sobre a passagem de trabalhadores para as Freguesias, que as estas são autarquias locais e a relação continua a ser de direito público, concluindo que por isso não há privatização. Ora, António Costa mostra neste curto considerando ser um verdadeiro artista. Pergunta-se: o que tem o vínculo dos trabalhadores a passar da CML para as Freguesias, com a privatização/externalização de serviços da CML?
2º Diz António Costa que os trabalhadores conservam os direitos adquiridos e que o município conservará os necessários lugares cativos no seu mapa de pessoal. A proposta que tem sido feita a Costa nesta matéria era a dos trabalhadores irem prestar serviço nas freguesias mantendo o vínculo ao município. O Presidente Costa rejeitou! Agora vem dizer que mantém lugares cativos no mapa de pessoal do município? Que sentido tem recusar a proposta feita e agora vir com esta conversa? Será que recusou só por teimosia? E achará Costa que pode manter lugares cativos a seu bel-prazer e pelo tempo que entender?
3º O Presidente Costa vem novamente dizer que a descentralização é uma lei da Assembleia da República e que houve duas eleições que apoiaram a descentralização, porque Costa ganhou. Mais uma vez Costa ludibria. Em lado nenhum foi aprovada ESTA descentralização. E é contra esta descentralização que está o PCP, estão os trabalhadores e estão também eleitos do PS que sussurram o seu desacordo.
Do exposto se conclui que o Presidente António Costa gastou dinheiros públicos em anúncios que não informam e ainda menos esclarecem. O Presidente Costa enfiou-se numa quadratura do circulo e quer arrastar com ele os trabalhadores e o serviço público municipal.
Não à mistificação!
22 de Dezembro de 2013