Decorreu pelas 18h, uma concentração/vigília junto ao Centro de Saúde de Alverca do Ribatejo, de protesto pela falta de condições e de médicos.
Diariamente as populações de Alverca e das freguesias que se servem deste Centro de Saúde são confrontadas com múltiplas dificuldades no acesso aos cuidados primários de saúde, que a construção de um novo edifício, por si só, não resolveu. São mais de 10.000 pessoas sem médico de família, problema do conhecimento do Ministério da Saúde e da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, consequência da brutal ofensiva do PS contra o Serviço Nacional de Saúd.
Pela melhoria de respostas do Centro de Saúde de Alverca à população de Alverca
A CDU organizou uma concentração / vigília em Alverca no final da tarde de segunda-feira, dia 9 de Março, porque os últimos meses ficaram marcados pelo agravamento das condições de prestação de cuidados de saúde primários, apesar dos esforços dos trabalhadores da área da saúde, que lutam e persistem contra esta política governamental.
Muito participada pela população de Alverca, esta iniciativa da CDU visou a denúncia do facto de os últimos meses se traduzirem no avolumar das listas de espera por consultas e na dificuldade de o Centro de Saúde responder às necessidades de saúde da população abrangida, na qual se destaca a falta de médicos de clínica geral, os médicos de família.
A iniciativa contou com a presença do médico e militante do PCP, dr. José Neves, dos eleitos da CDU, Nuno Libório e Onésimo Silva, do deputado à Assembleia da República, António Filipe, e de vários dirigentes do PCP da Concelhia de Vila Franca, que mostraram a solidariedade e disponibilidade do PCP e da CDU para com este problema que atinge a população da maior freguesia do Concelho de Vila Franca de Xira.
Diariamente, as populações de Alverca e das freguesias que se servem deste Centro de Saúde são confrontadas com múltiplas dificuldades no acesso aos cuidados primários de saúde, que a construção de um edifício novo, per si, não resolveu.
Seguramente, hoje há mais de 8.000 utentes do Centro de Saúde de Alverca, do Serviço Nacional de Saúde (SNS), sem médico de família, confrontando-se com a alternativa das consultas de recurso, em número limitado e de difícil acesso.
O problema é grave e é do conhecimento do Ministério da Saúde e da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. Estão em causa as condições de acesso e a prestação de cuidados de saúde primários de um Centro que acolhe a cidade mais populosa do Concelho de Vila Franca e parte da população do Sobralinho, que não se desligam da brutal ofensiva contra o SNS levada a cabo pelo Governo PS.
A par de uma mudança de políticas para a área da saúde e dos cuidados de saúde primários em particular, há a salientar, neste contexto, o papel que deveria ocupar a Câmara Municipal e o Poder Local.
Esse papel, defendido pelos eleitos da CDU, deveria ser o papel de um Poder Local interventivo e de participação nas respostas locais do SNS, apesar do papel central ser o do Estado Central. Nesse sentido, na concentração os eleitos da CDU defenderam a necessidade de as autarquias intervirem em domínios estruturantes, que poderiam fazer toda a diferença, como sejam:
1. Participar num processo que avaliasse a distribuição dos recursos humanos do Agrupamento de Saúde do Concelho de Vila Franca de Xira, em função das características e das maiores necessidades de cada um das respostas dos centros de saúde;
2. Apoiar e incentivar a instalação e cobertura alargadas de cuidados de saúde continuados, olhando especialmente para os mais idosos e contando com o apoio, experiência e disponibilidade das instituições sociais que já trabalham no terreno;
3. Não abdicar da reinstalação de um hospital de rectaguarda, recuperando o objectivo de o hospital de Vialonga se dotar dos meios necessários para, no âmbito do SNS, responder localmente a esta necessidade premente;
4. Incentivar o reforço de meios humanos e técnicos para a prestação de cuidados paliativos, fazendo despertar a atenção do Ministério da Saúde para uma problemática que toca particularmente o Concelho de Vila Franca;
3. Não abdicar da reinstalação de um hospital de rectaguarda, recuperando o objectivo de o hospital de Vialonga se dotar dos meios necessários para, no âmbito do SNS, responder localmente a esta necessidade premente;
4. Incentivar o reforço de meios humanos e técnicos para a prestação de cuidados paliativos, fazendo despertar a atenção do Ministério da Saúde para uma problemática que toca particularmente o Concelho de Vila Franca;
5. Demonstrar a importância da medicina preventiva, num contexto de agravamento das condições socio-económicas das famílias portuguesas, reforçando-se as respostas locais em meios humanos e técnicos;
6. Tornar pública a nossa insatisfação pelo acumular de atrasos no que diz respeito à construção do novo de hospital de Vila Franca e à modalidade encontrada para o financiamento da sua construção e futura gestão (de natureza privada).
A CDU de Alverca vai solicitar o agendamento de um encontro com os responsáveis pelo Agrupamento Concelhio de Saúde, para lhes dar conta das nossas preocupações e propostas alternativas.
No final da iniciativa vários populares mostraram a disponibilidade para se organizarem em comissão de utentes, pela defesa do Serviço Nacional de Saúde e das condições locais de cuidados primários de saúde.