Marcação feita, visita realizada. Célere e disponível, apesar da agenda carregada, José Mário Leite, vice-diretor da instituição, concedeu aos candidatos CDU algum do seu tempo para falar da evolução recente, da actividade, da forma em como ela se tem desenvolvido, do reconhecimento internacional, do mérito, credibilidade e prestígio do ICG e dos parceiros que hoje constituem um “cluster” de investigação científica nas áreas da biomedicina a que dar toda a atenção. O novo director, Jonathan Howard esteve presente nos minutos iniciais da reunião, quis ter a amabilidade de dar as boas-vindas aos visitantes.
Na foto (da esquerda para a direita): José Mário Leite vice-director do ICG, Amílcar Campos, actual vereador e mandatário da candidatura, Daniel Branco, candidato à Presidência da Câmara de Oeiras e Rogério Pereira, cabeça de lista de candidatos à União das Freguesias de Oeiras e S. Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias.
Foi uma visita útil. Foram claros os esclarecimentos levando os candidatos da CDU a percepcionar a importância local e os anseios bem como alguns estrangulamentos que se colocam à dinâmica e à evolução do projecto do IGC, que acabou por passar por mais um patamar da sua vida, com a recente revisão dos seus estatutos os quais passam a dar-lhe alguma autonomia relactivamente à Fundação Caluste Gulbenkian
Situado a poucas centenas de metros da antiga Estação Agronómica Nacional, o ICG teve uma evolução notória desde a entrada de António Coutinho e a sua nomeação, em 1991, como Diretor dos Estudos Avançados de Oeiras no IGC. Marcos históricos do ICG: 1993, a criação do Programa Gulbenkian de Doutoramento em Biologia e Medicina (PGDBM), tendo António Coutinho e Alexandre Quintanilha (IBMC) como diretores. O PGDBM foi o primeiro programa doutoral em Portugal, estruturado em 4 anos, e um dos primeiros no mundo; 1997, O Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian aprova a reestruturação do IGC; 1998, Ano Zero para o IGC como instituição de acolhimento, com a missão de identificar, formar e incubar novos líderes científicos, oferecendo infraestruturas de ponta e autonomia financeira e intelectual para que desenvolvam os seus projetos de investigação e exportar novos líderes científicos em investigação biomédica para outros institutos de investigação e universidades em Portugal e no estrangeiro. António Coutinho é nomeado Diretor do IGC; 2000, É criado o Laboratório Associado ITQB, entre o ITQB, IBET, e alguns grupos do IGC, tendo sido um dos primeiros Laboratórios Associado em Portugal. O Programa Gulbenkian de Doutoramento em Biomedicina (PGDB) é iniciado, substituindo o programa pioneiro PGDBM. Durante cinco anos, 85 estudantes de doutoramento entraram neste programa e desenvolveram os seus projetos de investigação doutoral em todo o mundo. Dois após a re-estruturação do IGC, passam a ser 14 os grupos de investigação no IGC; 2012, Jonathan Howard, imunologista e Professor de Genética na Universidade de Colónia, é nomeado Diretor do IGC, sucedendo a António Coutinho que dirigiu o IGC desde 1998. É estabelecida uma nova relação administrativa com a Fundação Calouste Gulbenkian, dando ao Director uma maior autonomia financeira na gestão do IGC, sob a supervisão de uma Comissão de Gestão.
Na foto: Amílcar Campos, explica ao vice-director do ICG a posição da CDU e do papel tido por esta força politica no processo da “Quinta dos Sete Castelos- Residência para Cientistas”, perante o olhar atento de Daniel Branco.
Após salientar os marcos históricos da evolução do IGC, que actualmente envolve uma população flutuante entre 300 e 400 investigadores, alguns a permanecerem mais de um ano em projectos, passou-se a referir-se questões, dificuldades e algumas ideias e projectos que não tiveram continuidade ou que aguardam “melhores dias”. Questões críticas a do estacionamento, o risco de cheias da Ribeira da Lage (que impede o bom uso de parte das instalações mais expostas), as condições de instalação dos cientistas e investigadores, a fraca oferta local de serviços de proximidade no domínio materno e infantil questão-chave na fixação de jovens em idade de casarem e terem filhos. Sobre projectos, falou-se de várias ideias, designadamente na construção de uma ciclo-via, que ligasse o IGC à praia, dispondo-se a instituição a construir aí um espaço de convívio (beer-house) entre cientistas e destes com a população, resolvendo as questões da abertura do espaço para o contacto com a comunidade escolar e com a população… falou-se também de situações colocadas à câmara e que não obtiveram resposta. A CDU nada prometeu, a única promessa feita foi a de se esforçar, no que fizesse sentido ajudar…
Uma das ambições do IGC era ver avançar o projecto “Quinta dos Sete Castelos – Residência para Cientistas”. Ideia surgida em 2006 e cujo concurso, recente, foi suspenso por “erros técnicos” no Caderno de Encargos. Mas não se tratará, agora, de corrigir tais erros. O problemas é a falta de dinheiro…