Carga policial agride trabalhadores da Pereira da Costa, na Amadora
Hoje, dia 13 de Março, ao fim de meses de luta, a violência voltou às portas da Pereira da Costa. Vários trabalhadores foram agredidos, viaturas foram alvo da fúria policial ao serviço de uma política de repressão efectiva dos trabalhadores e dos seus direitos e um dirigente sindical foi detido.
O tribunal decidiu a integração dos trabalhadores despedidos mas a empresa não cumpre e não os reintegra. Mas quando é dada uma parte da razão ao dono da empresa, aparecem 20 polícias para cumprir essa ordem do Tribunal como os trabalhadores resistiram, foram chamados reforços.
Que raio de Justiça é esta?
Tinha havido o compromisso de que não haveria violência. Como os trabalhadores resistiram, a polícia voltou a arremeter. Um dos agentes, seguramente obedecendo a ordens directas do Governo, e em jeito de provocação à boa maneira dos regimes de força, bateu num dos carros presentes no local e tudo acabaria em violência generalizada contra vários trabalhadores e dirigentes sindicais, um dos quais acabou preso.
Que Governo é este?
Se dúvidas houvessem, hoje ficou bem claro de que lado está o Governo do Partido Socialista, quais os princípios que os regem. Não olham a meios para defender o grande patronato e o capitalismo mais reaccionário. Quando o grande Capital mete as unhas de fora vê-se logo como o Governo do Partido Socialista se posiciona e quem defende, faz-nos lembrar tempos que pensávamos terem sido enterrados com a revolução de Abril.
Os trabalhadores da Pereira da Costa certamente continuarão a sua luta em defesa dos seus direitos.
O PCP manifesta total solidariedade aos trabalhadores em luta e repudia veementemente o gesto de violência comandado pelo Governo.
A Luta continua!