Situação social no distrito de Lisboa em análise.

No âmbito da campanha “Sim é possível, uma vida melhor!” que o PCP está
a levar a cabo, a Direcção da Organização Regional de Lisboa deu inicio
a uma ronda de contactos com diversas entidades do distrito visando a
troca de opiniões e o aprofundamento do conhecimento sobre a realidade
social no distrito, assim como a divulgação das posições e propostas do
PCP.

Realizaram-se já as reuniões com a União dos Sindicatos de Lisboa /
CGTP-IN e com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar de
Torres Vedras; encontrando-se vários outros já agendados.

Situação social no distrito de Lisboa em análise.

No âmbito da campanha “Sim é possível, uma vida melhor!” que o PCP está a levar a cabo, a Direcção da Organização Regional de Lisboa deu inicio a uma ronda de contactos com diversas entidades do distrito visando a troca de opiniões e o aprofundamento do conhecimento sobre a realidade social no distrito, assim como a divulgação das posições e propostas do PCP.

Realizaram-se já as reuniões com a União dos Sindicatos de Lisboa / CGTP-IN e com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Torres Vedras; encontrando-se vários outros já agendados.

Do encontro com a USL resultou a confirmação do agravamento da situação social e económica dos trabalhadores e da população nomeadamente como consequência dos baixos salários e pensões e do aumento do desemprego, que se situa acima da média nacional, atingindo claramente mais de 70 mil trabalhadores. A precariedade, que afecta 25% dos trabalhadores por conta de outrem no distrito, foi apontada como um dos problemas mais prementes, que se agrava pela clara incapacidade da Autoridade para as Condições de Trabalho.

Na reunião foi, também, referida a tremenda injustiça que constitui o facto de os trabalhadores serem os últimos a ter direito a receber os créditos devidos nos processos de falência, depois da banca, do Estado e da segurança social, o que tem como consequência a espera de vários anos e em muitos casos a perda do dinheiro a que tinham direito pelo seu trabalho.

Os dirigentes da USL alertam ainda para o facto de este quadro se poder vir a agravar nos próximos tempos dado o clima de chantagem que se vive nas empresas claramente incentivado pela aprovação do novo código do trabalho e pela política de direita que tenta fazer com que sejam os trabalhadores a suportar a crise que o capitalismo com o seu patronato e os seus governos criou.

Das intervenções dos dirigentes da USL sobressai um forte clima de confiança nos trabalhadores, nos sindicatos e na luta de massas para obrigar à inversão das políticas de direita a que o Governo do PS procura condenar o país. Nesse sentido deram conta da jornada de luta nacional convocada pela CGTP-IN para o dia 13 de Março e do forte empenho dos sindicatos no distrito de Lisboa.

A delegação do DORL do PCP expressou o seu compromisso de empenhamento na luta, sempre ao lado dos trabalhadores e dos seus direitos, nas empresas e locais de trabalho, nas ruas ou no plano institucional.

No encontro com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Torres Vedras, foram evidentes as preocupações, com a elevada afluência de utentes à urgência decorrente da falta de centros de saúde e de meios complementares de diagnóstico nos SAPs ainda existentes, razão pela qual muitas pessoas recorrem directamente às Urgências hospitalares.  A falta de médicos já levou mesmo, ao encerramento do internamento na especialidade de urologia e tem obrigado o CHTV a recorrer à contracção de médicos, através de empresas de aluguer de mão-de-obra, para fazer face às necessidades, uma situação que onera bastante os cofres do Centro Hospitalar. A esse facto não é alheia a clara suborçamentação feita pelo Governo, o que obriga as importantes dívidas a fornecedores. Tais situações estão a fragilizar a capacidade de prestação de serviço público quer do Hospital quer da Maternidade.

Durante os próximos dias prosseguirão encontros com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Federação Distrital das Colectividades, a União Distrital de IPSS, a Associação Portuguesa de Deficientes, a Associação de Inquilinos de Lisboa, a União dos Comerciantes de Lisboa e o agrupamento de Escolas Mário de Sá Carneiro em Camarate; entre outras.

A Organização Regional de Lisboa do PCP procura, também por esta via, alertar para a situação social no distrito e contribuir para o necessário mudar de rumo para uma política efectivamente ao serviço dos trabalhadores e das populações.

 26 de Janeiro de 2009
       
O Executivo da Direcção da Organização Regional de Lisboa do PCP