São, ao contrário do que possa parecer, um campo de debate ideológico no presente, sobre a sociedade que queremos. Este lugar de produção de conhecimento não é neutro, desde logo porque estamos perante um sector onde os elevados níveis de precarização dos vínculos, o subfinanciamento crónico, a cultura de uma ciência pronta-a-consumir, o afunilamento dos curricula académicos e a ausência de democracia interna nas instituições se tornaram a norma.
Para quem trabalha neste sector, a constante proclamação das virtudes da vida académica, da liberdade de pensamento, do privilégio que é fazermos aquilo de que gostamos, não é mais do que uma forma de estabelecer uma falsa premissa da excepcionalidade, ignorando como tantas vezes se é impelido a fazer a ciência que pode ser vendida, se vê vedada a participação democrática nos órgãos de gestão, se vêem negados os direitos laborais.
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