Os trabalhadores da empresa de limpeza industrial hospitalar Sá Limpa, do hospital de São José estão em Greve de 24 horas marcada pelo STAD. O turno da manhã teve uma adesão superior a 70%. Concentrados no presente dia 14 de Junho em frente ao hospital os trabalhadores fizeram ouvir a sua voz. O PCP esteve presente para apoiar esta luta.
Os trabalhadores da limpeza hospitalar fazem um trabalho que é fundamental para o funcionamento do hospital, e para a saúde de todos. Estiveram sempre na linha da frente, no combate à pandemia. E agora não recebem sequer o que é seu por direito? É só cortar, cortar, cortar…
Cortaram no subido de alimentação, não estando a pagar o valor estipulado de 4,77 por dia.
Cortaram no valor de 16%, para quem trabalha aos domingos.
Cortaram no subsidio de risco
Cortaram no pagamento dos dias feriados trabalhados, querendo pagar em dias.
Tudo somado é muito dinheiro que está a ser cortado (roubado) ao final do mês a cada trabalhador.
Somando todos os trabalhadores da limpeza hospitalar que trabalham para a Sá Limpa, é muito dinheiro que vai para os bolsos do Patrão.
Não menos importante é a exigência dos trabalhadores do reconhecimento da sua dignidade. A falta de condições das instalações sanitárias, os trabalhadores comerem na rua, a repressão, que pudemos presenciar dado que o supervisor se escondeu para filmar a concentração, (para quê?), não menos importante é a falta de cuidados de higiene e proteção pessoal, ainda mais em tempo de pandemia. Alem destas ouvimos ainda muitas outras denuncias que mostram bem que não há respeito pelos trabalhadores.
o PCP continuará à afirmar que este problema tem a mesma raiz de muitos outros que se sucedem: a sub-contração das empresas de mão de obra intensiva, que hoje se massifica abrangendo um vasto conjunto de sectores. Para o Ministério da Saúde os trabalhadores da limpeza passam a ser meros números, pois o que procuram é contratar ao mais baixo custo. As empresas, como a Sá Limpa, que ganham os concursos vivem da exploração, do esquema ou da fraude.
É urgente olhar para este modelo de exploração, como um todo, pelo que os sucessivos governos PS, PSD e CDS, têm de ser responsabilizados. O que conta para eles são diretivas as europeias para baixar a despesa com o pessoal, e reduzir os quadros de efetivos contratados pelo estado. É parte do sistema de exploração capitalista, contra o qual lutaremos até vencer.