Em conversa com o Padre Crespo, do Centro Social e Paroquial – da Igreja de São Vicente de Paulo, e Antero Marques, director técnico do Centro de Dia desta Associação, os eleitos da CDU registaram as suas preocupações relativamente ao Bairro da Liberdade, que no entender deste necessita de um verdadeiro investimento. Esta instituição tem uma importante intervenção social no bairro e na cidade de Lisboa, dispondo de diversas valências na área da educação,
pré-escolar e jardim de infância, um grupo juvenil, apoio domiciliário, um Centro de Dia e um Lar, uma resposta que chega a mais de 700 utentes, na sua grande maioria do Bairro.
A habitação é um dos maiores problemas: é necessário um projecto de requalificação do Bairro, as casas não têm condições de habitabilidade e os moradores acabam por procurar outras alternativas, situação que leva à sua descaracterização e ao agravamento das questões sociais.
De acordo com estes representantes do centro paroquial é necessário investimento em habitação municipal. Acresce que não existe uma escola pública: a que existia foi encerrada, tendo agora as crianças que se deslocar para fora do Bairro.
Foi ainda manifestada a falta de diálogo entre a CML e a instituição, assim como a necessidade de existir mais apoio por parte do município.
O candidato da CDU à Câmara Municipal de Lisboa, João Ferreira, valorizou o papel das forças vivas por serem estas quem melhor conhece o espaço e as necessidades de população.
Ao percorrer as ruas do Bairro, os eleitos da CDU, acompanhados pelos representantes da associação de moradores, que corroboram os problemas já identificados pelo centro paroquial, foram apresentando outros: a necessidade de repavimentação dos arruamentos, a falta de limpeza, a adequação da oferta dos transportes públicos, a importância de se manter o policiamento de proximidade, com a permanência da esquadra no Bairro, o avanço do projecto da renda acessível e a intenção de terem instalações próprias para o funcionamento da sua sede.
Ficou o compromisso dos eleitos do PCP de tudo fazerem, na CML, na AML e na Junta de Freguesia, para que o Bairro da Liberdade não continue esquecido.