Quando analisamos o Orçamento e as Grandes Opções do Plano (GOP) referentes ao último ano de um mandato autárquico, importa refletir sobre a trajetória que se fez. Estes documentos que agora analisamos refletem a visão política estratégica do PS para o nosso Concelho, visão essa que não compartilhamos. Essa visão consubstancia-se em cerca de 20 anos de governação do Concelho ao longo dos quais temos sistematicamente assinalado o que nos separa, o que nos distancia.
– Uma política de desenvolvimento urbano que hipoteca o futuro
– PDM – um poderoso instrumento de planeamento desperdiçado
– Mosteiro de D. Dinis – um espaço onde faz falta a componente social, e onde é preciso uma resposta para os nossos idosos
– Passados estes anoscontinua por definir o que fazer com o legado dos chamados Bairros do Governo Civil.
– Passados estes anos e no que respeita à Feira Popular pouco ou nada se sabe! E, para além do grande silo automóvel a implantar em terrenos de Odivelas, o que há de novo?
– Uma outra vertente com que não concordamos, é a da concessão a privados na área da cultura, de que a Malaposta é o principal exemplo.
– É facto que, entretanto, se desenvolveram algumas ações sobre o território que concretizam velhas aspirações. Falamos por exemplo da requalificação da Av. D. Dinis e de algumas artérias do Centro Histórico. Falamos da resolução do nó das escolas e USF na Freguesia da Ramada. Mas também é facto que o Parque Verde da Paiã continua subaproveitado e sem um projeto coerente de utilização.
– A criação dos SIMAR constituiu uma vitória sobre a tendência política que integrava a entrega ou concessão de sectores diversos aos grupos privados. Os nossos votos de que no futuro esses serviços continuem na esfera pública.
É facto que decorrente da transferência de mais e mais competências para as autarquias, os documentos em apreço apontam para diversos investimentos na área da educação e saúde. A CDU continuará atenta e pugnará, a médio e longo prazos pelo desenvolvimento de políticas sustentáveis.
Na realidade, pensamos que em territórios como este doconcelho de Odivelas, sujeito a uma pressão urbana que de todo não se pode ignorar, é preciso coragem para atacar a fonte dos problemas que se vão gerando, ou estaremos condenados a resolver questões a um ritmo igual ou inferior ao da criação de problemas que admitimos que se criem.
A CDU tem vindo sucessivamente a alertar que existem limiares de crescimento que não devem ser ultrapassados porque uma vez excedidos, os custos disso decorrentes são exponenciais.