Em Sintra, são servidas actualmente mais de 2 milhões de refeições por ano, sendo as mesmas resultado de um contrato com um prestador privado. Ou seja, a Câmara Municipal de Sintra paga para se fazer um serviço utilizando as cozinhas e cantinas das escolas, sendo estas reabilitadas através do orçamento municipal.
Nestas duas semanas, o prestador privado (ICA – Indústria e Comercio Alimentar, S.A.) despediu 200 trabalhadoras que confecionavam refeições. São 200 trabalhadoras que foram despedidas quando mais necessitavam de manter o seu posto de trabalho. O PCP considera este despedimento colectivo inaceitável e exige o o reingresso dessas trabalhadoras, Este atentado contra os direitos dos trabalhadores necessita de um travão e em próxima reunião de câmara, o PCP vai apresentar uma proposta de municipalização da área das refeições escolares no município de Sintra.
Contra o despedimento de 200 trabalhadoras dos refeitórios das escolas de Sintra
Comunicado da Concelhia de Sintra do PCP
A declaração de pandemia mundial provocada pelo COVID-19 veio expor em Portugal as fragilidades do nosso país, como consequência das políticas de direita executadas pelo PS e pelo PSD/CDS dos últimos 30 anos que fragilizaram os serviços públicos e levaram à privatização de áreas que antes eram da responsabilidade do Estado.
No caso em concreto, a criação da escola pública, acessível a todos, foi uma conquista do 25 de Abril e permitiu o acesso à mesma por populações que antes estavam condenadas ao analfabetismo e pobreza. Criaram-se escolas em todo o país mas mais tarde privatizaram-se serviços que serviam as escolas e um desses serviços foi a confecção de refeições.
Em Sintra, são servidas actualmente mais de 2 milhões de refeições por ano, sendo as mesmas resultado de um contrato com um prestador privado. Assim, a Câmara Municipal de Sintra paga para se fazer um serviço utilizando as cozinhas e cantinas das escolas, sendo estas reabilitadas através do orçamento municipal.
Nestas duas semanas, o prestador privado (ICA – Indústria e Comercio Alimentar, S.A.) despediu 200 trabalhadoras que confecionavam refeições. São 200 trabalhadoras que foram despedidas quando mais necessitavam de manter o seu posto de trabalho.
A Câmara Municipal de Sintra deve exigir ao prestador privado o reingresso dessas trabalhadoras.
Perante esta situação, ao PCP só vê como possível, a sua proposta de garantia de Serviço Público, ou seja: a assunção pela Câmara Municipal de Sintra deste serviço, criando um vínculo público com todos os trabalhadores que se encontram nesta área, municipalizando assim todo o sector.
Esta é uma proposta que sempre defendemos. Não podemos pactuar com atentados contra os direitos dos trabalhadores e por isso em próxima reunião de câmara vamos apresentar uma proposta de municipalização da área das refeições escolares no município de Sintra.
Sintra, 30 de Março de 2020