CDU condena o massacre da palestina – 14/01/2009

DECLARAÇÃO POLÍTICA DOS VEREADORES DA CDU


CDU condena o massacre da palestina

Ao fim de
vários meses de bloqueio da Faixa de Gaza, alheio às consequências humanitárias
desastrosas, Israel decidiu avançar para o massacre directo sobre os
Palestinianos que vivem na Faixa de Gaza. 

A ofensiva
militar aérea e terrestre já provocou mais de 900 mortos e milhares de feridos,
não poupando nada nem ninguém.

Desde as
crianças aos mais velhos, escolas, mesquitas, hospitais e abrigos nada nem
ninguém escapa aos bombardeamentos, pois não existe fuga possível, não existe
um lugar seguro para onde fugir.

Para melhor
compreendermos a dimensão desta tragédia é importante referir que a Faixa de
Gaza, é um território com cerca de 45 km de comprimento e 6 km de largura, onde vivem
mais de 1 milhão e 500 mil pessoas, pelo que as consequências do massivo
bombardeamento Israelita só podem ser consideradas como um crime contra a
Humanidade e um crime de guerra.

Este cruel ataque
é perpetuado nesta prisão a céu aberto onde mais de 80% da população vive
abaixo do limiar da pobreza, onde escasseia a água, luz, e até a comida,
deixando assim a população com a sua sobrevivência ameaçada.

Apesar de
não nos identificarmos com as acções e objectivos do Hamas, consideramos que os
seus actos não podem servir de justificação para esta acção criminosa do Estado
de Israel.

Aliás, o
verdadeiro objectivo de Israel não é atacar o Hamas, mas sim levar a cabo um
plano de progressiva ocupação da Palestina, em clara violação das resoluções
das Nações Unidas, e é mais uma tentativa de silenciar a heróica resistência do
Povo da Palestina.

A CDU considera urgente a imediata
aplicação do cessar-fogo e a retirada de Israel prevista na resolução do
Conselho de Segurança das Nações Unidas exigindo que o Governo português
condene esta ilegítima, cruel e desumana ofensiva.

Rejeitamos ainda as reacções da “comunidade internacional” tendentes a
considerar esta questão como um conflito entre estados, ao qual permanece
“neutral” –  como se não existisse um país ocupante e um povo ocupado – o
que, na prática, revela o seu apoio à política terrorista de Israel e o apoio
às suas intenções expansionistas e imperialistas. 

Reafirmamos as exigências fundamentais para uma
efectiva resolução deste conflito: 


O levantamento do bloqueio a Gaza;


O fim da ocupação israelita; 

– O desmantelamento dos colonatos; 

– A remoção do muro de separação; 

– O estabelecimento do Estado da Palestina, com
Jerusalém Leste como capital; 

– A resolução justa do problema dos refugiados

Manifestamos a nossa total
solidariedade para com o Povo da Palestina na sua heróica luta pela construção
de um Estado da Palestina livre, autónomo e viável e afirmamos convictamente
que o Povo da Palestina Vencerá.

Odivelas,
14 de Janeiro de 2009