Realizou-se na tarde deste domingo, 27 de novembro de 2016, a XII Assembleia da Organização Concelhia do PCP de Torres Vedras, tendo-se discutido a situação política, aprovado uma Proposta de Resolução Política onde se planifica a estratégia para os próximos dois anos, tendo culminado com a eleição da nova Comissão Concelhia de Torres Vedras. Na Assembleia, marcou presença Gonçalo Tomé, do Comité Central do PCP. A última Assembleia da Organização Concelhia de Torres Vedras realizara-se a 23 de Fevereiro de 2013 e nos três anos e meio que decorreram desde a última Assembleia, os Torrienses, como os demais portugueses, sentiram o aprofundamento das políticas de direita e as consequências dessas mesmas políticas, na sua vida social, profissional e familiar. Uma análise séria ao trabalho do Partido, no período de tempo que decorreu entre a anterior Assembleia de Organização e a presente data, não poderá ser dissociado da política ruinosa levada a cabo pelo anterior governo do PSD/CDS. As medidas de austeridade impostas sujeitaram os portugueses a brutais aumentos da carga fiscal, a reduções das prestações sociais e a um generalizado aumento do custo de vida. Estas opções políticas desastrosas tiveram como principal consequência um agravamento das condições de vida da população, o aumento da taxa de desemprego, diminuição do rendimento disponível das famílias e, por conseguinte, um significativo aumento das assimetrias sociais. Os resultados eleitorais de 4 de Outubro de 2015 confirmaram o que há muito o PCP, os trabalhadores e o povo vinham afirmando com a sua luta: a derrota eleitoral do PSD/CDS e das políticas de direita. Rejeitando as inevitabilidades de uma política cujas consequências levaram ao declínio, ao empobrecimento e á subjugação do País ao grande capital, a nova formação da Assembleia da República abre a possibilidade de assegurar a devolução de rendimentos, reconquistar direitos e travar o rumo de empobrecimento. A nível do Poder Local registou-se no Distrito a reconquista da Câmara de Loures pela CDU, o que veio alterar a correlação de forças na zona norte do Distrito. Negativamente, no Oeste, registou-se a continuação do PS à frente da Câmara de Torres Vedras com maioria absoluta pela segunda vez. Entretanto, registou-se a entrada para essas funções de Carlos Bernardes, pela saída de Carlos Miguel do Executivo. No Concelho de Torres Vedras a situação no sector da Saúde continua a agravar-se: pagamentos em atraso aos trabalhadores precários (CHO) e contractos com empresas de recrutamento de trabalho temporário, o que provocou uma greve que permitiu alguns resultados positivos, anunciando-se a continuação da luta das trabalhadoras. De referir que cerca de centena e meia de utentes do CHO manifestaram-se solidários. A situação económica das pequenas e médias empresas do Concelho ainda não melhorou substancialmente das políticas devastadoras dos últimos governos PSD-CDS, em que se verificaram um rol de falências e encerramentos, sobretudo de lojas de comércio; ao mesmo tempo, como resultado propositado dessas políticas assiste-se a fenómenos de quase monopólios no sector agro-comercial, o qual produz quase exclusivamente para as grandes superfícies. Entretanto, o trabalho precário é regra geral. Apesar disso, a classe operária não tem sido capaz de desenvolver lutas relevantes, o que demonstra debilidades nessa frente tanto a nível sindical como a nível político. Com a realização da XII Assembleia da Organização, aprofundou-se a análise à realidade concelhia e nacional. Este é ainda o momento para avaliar a situação da Organização do Partido, conhecer as suas insuficiências e dificuldades, traçando caminhos para as superar e correspondendo aos objectivos do XX Congresso do PCP “Com os Trabalhadores e o Povo – Democracia e Socialismo”, que se realizará no próximo fim-de-semana. A nova Comissão Concelhia é composta por 12 Militantes, com uma média etária de 51 anos. Fazem parte deste órgão António Augusto Cipriano, Carlos Soares, Cecília Loya, Duarte Fontes, João Alexandre Bernardes, José Afonso Silva, José Nozes Pires, Luís Cristóvão, Pedro Jorge, Rui Pedro Fonseca, Sérgio Cipriano e Teresa Oliveira.