A notícia, dada em Julho do ano passado e em primeira mão pela CDU, confirma-se. Os pescadores de Paço de Arcos já podem contar com o projeto e respetivo estudo, cujo orçamento aponta para um investimento significativo, 5,6 milhões de euros.
A Administração do Porto de Lisboa já o terá aprovado faltando apenas resolver a questão do financiamento, cuja solução passa só e apenas pela vontade política da Câmara Municipal de Oeiras.
É quase certo que a CMO usará o costumeiro argumento da falta de recursos financeiros. Nessa previsível posição respenderão os eleitos da CDU nas autarquias de Oeiras:
• Revejam-se prioridades de molde a privilegiar este tipo de equipamentos;
• Abandonem-se projetos megalómanos, designadamente a construção do novo edifício para a instalação dos serviços da câmara, orçado em cerca de 40 milhões de euros e já pela CDU considerada uma verdadeira “desnecessidade”.
Para este desfecho positivo para os pescadores profissionais de Paço de Arcos muito terá contribuído o trabalho desenvolvido pelos eleitos locais da CDU e pelos deputados do PCP quer na Assembleia da República quer junto das estâncias do Poder Central.
O primeiro passo foi dado em Agosto de 2013 onde, após ter registado junto da comunidade de pescadores os seus problemas e anseios, os cabeça de lista candidatos à Câmara e à Assembleia Municipal assumiram o compromisso eleitoral de pugnarem pela construção do Portinho de Pesca (ver notícia). Desde essa data, os eleitos nas autarquias, vieram a desenvolver contatos frequentes com os pescadores de Paço de Arcos, trocando impressões e, sobretudo, ouvindo.
Em Novembro de 2014, David Costa, deputado do PCP na Assembleia da República esteve no local ouvindo de viva voz os problemas e legitimas preocupações (ver notícia) assumindo então o compromisso de ir levantar as questões dos pescadores junto da secretaria de estado e fazer chegar à Ministra das questões cuja resolução depende daquele ministério
No seguimento de tal compromisso o Grupo Parlamentar do PCP veio a ser recebido pelo Secretário de Estado das Pescas, onde, além da questão do “portinho”, se confrontou o Ministério de Assunção Cristas com o role de problemas que se confirmou serem situações desconhecidas pelo Governo de então. Dessa reunião, fez-se informação detalhada, em Março de 2014, na página do PCP Oeiras (ver notícia). 
Entretanto, com a eleição dos órgãos dirigentes da Associação dos Pescadores de Paço de Arcos e tendo em conta a notícia de que a APL já estaria a considerar investir num projeto, a CDU decidiu promover a uma sessão pública de debate, a qual decorreu em Julho do ano passado, no Salão Nobre do Clube Desportivo de Paço de Arcos (ver notícia).
Na sessão estiveram presentes eleitos da CDU, pescadores e representantes da sua associação, bem como de vários munícipes na sua maior parte residentes em Paço de Arcos. A mesa, presidida por Daniel Branco, vereador da CDU na Câmara Municipal de Oeiras, foi constituída por: Carlos Coutinho, eleito da CDU na Assembleia Municipal de Oeiras; Frederico Pereira, coordenador da Federação dos Sindicatos das Pescas; Carlos Dias, presidente da Associação dos Pescadores de Paço de Arcos e David Costa, deputado do Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República.
As principais conclusões do debate vieram a ser tornadas públicas no “Presta Contas da CDU” de Abril deste ano, referindo-se então:
• existirem absurdas limitações de potência para os motores dos barcos dos profissionais de pesca;
• não existir lota local, o que condiciona fortemente a atividade dos pescadores;
• a construção de um porto de pesca em Paço de Arcos ser absolutamente necessária, não tendo (até àquela data) sido adotadas medidas para a sua concretização;
• ser indispensável apoiar a Associação dos Armadores e Pescadores Profissionais de Paço de Arcos, que necessita de apoio financeiro e administrativo e da disponibilidade de uma sede.