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PCP defende desporto para todos na Freguesia de Benfica

 benfica deportoptodosNos dias 24 e 26 de Fevereiro, o vereador do PCP na Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moura, o eleito na Assembleia de Freguesia de Benfica, João Carlos Pereira, e outros camaradas, visitaram alguns clubes e colectividades recreativas e desportivas, no âmbito de um conjunto alargado de visitas realizadas a entidades várias da freguesia.

Ficou claro neste encontro que um dos maiores problemas com que as colectividades de bairro se deparam é a carência de espaços próprios para a prática das suas actividades.

 

As dificuldades impostas pela Junta de Freguesia no uso das instalações desportivas geridas por esta, em conjunto com o aumento das taxas de aluguer de espaços, a indisponibilidade de horários compatível com a realidade dos alunos e atletas, a deficiência dos equipamentos, ou mesmo o desinteresse pela introdução e ensino nas escolas da freguesia de certas modalidades desportivas como por exemplo o xadrez, são um obstáculo à pratica desportiva salutar, de cariz social, integrador e formativo. Como resultado, muitas associações são obrigadas a desistir de algumas das modalidades que praticam e a afastar-se das competições.

 

Estão a perder associados tal como estão, forçosamente, a desistir do seu papel recreativo, cultural e desportivo na freguesia em que se inserem. “A rentabilização não é só dinheiro”, diz-nos o Professor de Judo Carlos Santos.

 

Em jeito de proposta, foi-nos transmitido que a Junta de Freguesia deveria avaliar as propostas das associações locais, ocupar os espaços disponíveis na freguesia, ter um papel interventivo, de cariz social e cultural junto dos fregueses. A agravar esta realidade está a situação financeira precária em que muitas destas colectividades se encontram. Situação que as torna, por consequência, dependentes dos apoios da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia, com contrapartidas nem sempre favoráveis para as primeiras, como o pagamento de IVA avultado sobre os próprios apoios financeiros e na sujeição ao uso abusivo dos seus espaços e das suas actividades.

 

Outra questão levantada foi a falta de informação disponível sobre decisões relativas aos clubes tanto da parte da Câmara Municipal como da Junta de Freguesia. Foi-nos dito que se em tempos era possível consultar e ter acesso, tanto no site da Câmara como no da Junta, às actas, aos orçamentos e às decisões tomadas em sessão de Câmara acerca das colectividades, hoje em dia isso não é possível.

 

Foram ainda abordadas questões relativas à situação do movimento associativo, sendo que um dos maiores entraves encontrados por estas associações ao seu desenvolvimento é o facto destas serem muitas vezes preteridas nas escolhas dos próprios órgãos federativos de cada modalidade em detrimento dos clubes com maior número de associados mesmo que não sejam representativos da modalidade em questão. Para Domingos Estanislau, Presidente da Direcção do Clube Futebol Benfica, “o Clube Futebol Benfica é o maior clube desportivo de Lisboa que ainda se rege pelos princípios do movimento associativo”.

 

Por fim, importa realçar que a comitiva do PCP transmitiu a necessidade de uma política transparente de apoio do poder local às associações locais de desporto e recreio, com uma maior utilização dos espaços existentes de gestão pública, nomeadamente de gestão da Junta de Freguesia.