O PCP condena a decisão hoje tomada em Conselho de Ministros de lançar o concurso público para a subconcessão da Carris e do Metropolitano de Lisboa, e denuncia os verdadeiros objectivos de mais esta Parceria Público Privada: através da mercantilização dos transportes públicos, transferir rendas para o grande capital ao mesmo tempo que se promove a redução da oferta e o aumento de custos para os utentes.
Uma vez mais o governo recorre à mentira de que os Regulamentos comunitários impõem esta mercantilização. Como aliás pode ser lido na própria proposta de lei 287/XII, aprovada em Conselho de Ministro a semana passada, os Estados europeus podem tomar a opção de contratualizar directamente com as empresas públicas a prestação dos transportes públicos.
O PCP alerta para o facto de o governo, tendo entrado na sua fase terminal, estar a acelerar a implementação de medidas estruturantes no sector dos transportes, de forma unilateral e em oposição frontal às opiniões expressas pela esmagadora maioria das entidades envolvidas, neste caso, autarquias, organizações dos trabalhadores e utentes.
O PCP apela aos trabalhadores e aos utentes para intensificarem a luta contra a privatização do Metro e da Carris, e reafirma que poderão contar nessa luta com a total e activa solidariedade do PCP, e dos seus eleitos na Assembleia da República, no Parlamento Europeu e nas autarquias.
O PCP expressa a sua confiança na derrota desta nova tentativa de privatização do Metro e da Carris, e no contributo que essa derrota dará para uma ruptura com o caminho de degradação do transporte público, por uma política patriótica e de esquerda para o transporte público ao serviço do povo e do país.