lisboa inundacoes out2014

Lisboa: PCP questiona incapacidade de resposta a inundações

 

lisboa inundacoes out2014Três semanas após o grande desastre na cidade, Lisboa volta ao estado de sítio com graves prejuízos para o comércio, serviços e população. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), António Costa revela desorientação sobre o que se está a passar por toda a cidade, afirmando que não há soluções.

 

Aqueles que vivem, trabalham e visitam Lisboa não aceitam que o presidente da CML lhes diga que não há solução para as cheias na cidade; exigem antes que a Câmara assuma as suas responsabilidade e tome as medidas necessárias e imprescindíveis para evitar ou, pelo menos, minimizar os impactos na cidade.

 

As recentes inundações levantam uma questão incontornável: em que medida está Lisboa preparada para fazer face a chuvas intensas, evitando prejuízos materiais, constrangimentos à população e situações de risco para pessoas e bens?

 

A manutenção e limpeza regulares da rede de drenagem, incluindo as centenas ou milhares de colectores, sarjetas e sumidouros, é uma necessidade permanente a que a CML devia dar resposta. Apesar disso, as opções políticas da maioria PS/António Costa, com o apoio do PSD e do CDS, têm enfraquecido a capacidade de resposta da CML também neste domínio.

 

Para além da passagem de competências para as freguesias (frequentemente sem os meios necessários para as exercer), a progressiva desarticulação de serviços operacionais do município e a externalização para empresas privadas daquilo que podia e devia ser assegurado pela própria CML, põem em causa uma resposta integrada, de cariz preventivo, em variados domínios operacionais, incluindo ao nível do saneamento.

 

São necessários investimentos na rede de drenagem. São necessários mais meios e mais pessoal para os serviços operacionais da CML em áreas como o saneamento (é o caso da brigada de colectores).

 

O PCP continuará a intervir no sentido de colmatar estas falhas, defender os investimentos necessários, impedir a continuação da desarticulação da capacidade de intervenção da CML, assim como o aumento da impermeabilização dos solos, que a construção licenciada na cidade de Lisboa tem provocado.

 

O contrato que estamos a realizar procura conhecer localmente a gravidade dos problemas e intervir na Câmara e na Assembleia Municipal de Lisboa para que se encontrem soluções imediatas, evitando novos problemas para os bens e para as pessoas.

 

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