Representantes dos Trabalhadores da GALP apela à Greve Geral

   A Assembleia de representantes dos trabalhadores das empresas do Grupo Galp ( Sindicatos, Comissões e Subcomissões de Trabalhadores), apelam à participação dos tabalhadores na Greve Geral de 30 de Maio.

 REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES DO GRUPO GALP ENERGIA, ADEREM À GREVE GERAL    

 Quarta, 09 Maio 2007

A Assembleia de representantes dos trabalhadores das empresas do Grupo Galp ( Sindicatos, Comissões e Subcomissões de Trabalhadores), apelam à participação dos tabalhadores na Greve Geral de 30 de Maio.

OS  REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO GALP ENERGIA (SINDICATOS, COMISSÕES E SUBCOMISSÕES DE TRABALHADORES), REUNIDOS EM ASSEMBLEIA,  APOIAM E APELAM Á PARTICIPAÇÃO DE TODOS NA GREVE GERAL DE 30 DE MAIO

 Os Representantes dos Trabalhadores das empresas do Grupo Galp Energia, reunidos em Assembleia no dia 3 de Maio, procederam á análise da situação social, tendo constatado o seguinte:

1- Após dois anos de persistentes ataques contra os direitos dos trabalhadores, o Governo tem vindo a intensificar essa ofensiva, com novas ameaças a muito curto prazo, particularmente com a revisão do código do trabalho para introduzir a FLEXIGURANÇA (legalizar o despedimento individual sem justa causa) e consagrar outras disposições que visam desregulamentar ainda mais as relações de trabalho.

2- O Governo fez muitas promessas, mas tudo piorou na vida dos trabalhadores e das famílias.

 Prometeu criar 150 mil novos postos de trabalho, mas o que se verificou foi que em dois anos foram destruídos mais de 70.000. O desemprego atinge hoje mais de 1/2 milhão de trabalhadores, sendo que quase metade são desempregados de longa duração.

 Prometeu melhorar a qualidade do emprego, mas a realidade de hoje mostra que 1 em cada cinco trabalhadores tem vínculo precário, o que coloca Portugal no grupo de países com pior situação na união europeia.

 Prometeu melhorar o nível de vida dos trabalhadores, mas o que se vê e sente é o galopar constante do custo de vida, com aumentos brutais de bens essenciais, enquanto diminuem os salários reais e se agrava a distribuição do rendimento, entre o trabalho e o capital.

 Prometeu melhorar a vida dos idosos e pensionistas, mas piorou a Segurança Social, penalizando o valor das pensões a partir de 2008; por outro lado, ataca as funções sociais do Estado, como é o caso na educação e na saúde (encerramento de centros de saúde, urgências hospitalares, maternidades, etc.)   

 Prometeu mais justiça fiscal, mas os trabalhadores pagam cada vez mais impostos.

 Prometeu revogar as disposições negativas contidas no código do trabalho mas, não só não cumpriu a promessa, como tem incentivado todas as tropelias do patronato, que tudo tem feito para manter bloqueada uma parte importante da contratação colectiva e utilizar a discriminação salarial como chantagem sobre os trabalhadores, para atingir os seus objectivos.

Basta de tantos ataques aos direitos, alcançados pela luta reivindicativa de gerações de trabalhadores!      
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3- Basta de tantos ataques aos trabalhadores. A situação tornou-se insustentável.

Os trabalhadores já demonstraram inúmeras vezes que quando lutam com determinação, convictos da sua razão, vencem os obstáculos, impedem o agravamento das condições de trabalho, defendem os seus direitos e muitas vezes conquistam reivindicações importantes.

Que o digam os trabalhadores da Galp Energia, pois sabem, por experiência própria, que foi com a sua luta que impediram que se consumasse o ataque final à refinação nacional; que combateram muitos projectos que visavam a alienação de actividades, para entregar a terceiros, com consequências na destruição de postos de trabalho efectivos; que a maioria dos jovens passou a ter contrato permanente e perspectiva de carreiras profissionais; que conquistaram valiosos acordos salariais; que na Petrogal e na Gás de Portugal conquistaram importantíssimos acordos respeitantes às pensões de reforma, assistência na saúde e outras regalias.

Os trabalhadores da Galp Energia também participaram activamente nas lutas mais gerais que foi necessário desenvolver para defender direitos ameaçados, sendo justo salientar o seu decisivo contributo para o êxito alcançado nas greves gerais até hoje realizadas no nosso país, para defender a segurança social e defender os direitos, derrotando os famigerados pacotes laborais.     

Também agora, a urgência de mudança de rumo das políticas anti-sociais que têm sido seguidas coloca na ordem do dia a necessidade de uma resposta sindical unificadora de mobilização de todos os trabalhadores, para onde confluam todos os protestos e que dê expressão global a todas as reclamações, exigências e aspirações sociais.

4- O desafio que agora temos para travar é a GREVE GERAL DE 30 de Maio. É mais uma batalha decisiva, é uma batalha de todos, é uma batalha para VENCER!

Nesse sentido, os Representantes dos Trabalhadores da Galp Energia presentes nesta Assembleia, saúdam e apoiam a decisão de convocar a Greve Geral, exortando os trabalhadores das empresas do Grupo a aderirem massivamente, na certeza de que o seu êxito constituirá um momento de viragem, obrigando o patronato e o Governo a mudarem de rumo e de políticas, de acordo com os interesses dos trabalhadores, dos reformados, dos jovens e da maioria da povo português.    

     VIVA A GREVE GERAL!