O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Celulose, Papel, Gráfica e Imprensa, difundiu um comunicado com as razões que os trabalhadores das Indústrias Gráficas tem para aderir à Greve Geral. |
existem fortes razões para participar na GREVE GERAL de 30 de Maio
Em Maio de 2006 iniciou-se uma nova fase de negociação, no seguimento da proposta de denúncia da associação patronal, que visará acabar com o contrato colectivo, com os seus direitos e regalias, e pretendendo remeter toda a regulamentação laboral nas empresas do sector para o código do trabalho, muito mais favorável ao patronato.
De Maio a Dezembro de 2006, realizaram-se 8 reuniões de negociação (média de uma por mês), tendo-se apreciado vinte e três cláusulas, encontrando-se cinco suspensas e nas restantes, a maioria das questões acordadas em princípio. Em 2007 realizaram-se mais quatro reuniões, que pouco ou nada acrescentaram, mas que confirma a vontade patronal de pôr em causa a existência do próprio contrato colectivo.
CONTRA O CONGELAMENTO, PELA ACTUALIZAÇÃO SALARIAL
Apesar dos salários mínimos do contrato, estarem congelados desde 2000, os últimos são de 1999, a associação patronal continua a recusar qualquer actualização salarial, remetendo a mesma para o final da negociação.
Fácil é concluir que por vontade patronal não existirão salários contratuais minimamente decentes e actualizados.
Essa a razão porque a direcção sindical decidiu apresentar uma plataforma salarial para 2007, à associação patronal, independentemente do prosseguimento da negociação em curso, porque o aumento de salários deve merecer prioridade.
A proposta sindical apresentada à associação patronal apresenta um aumento de 20 euros ou 4,4%, conforme se mostre mais favorável, na remuneração-base de cada trabalhador para 2007.
E também a actualização das tabelas salariais de 1999, de acordo com o valor da inflação verificados até 2006, que é de 23%.
Em reunião de 23 de Março, a associação patronal recusou qualquer tipo de actualização de salários para 2007, insistindo em degradar a situação social e fomentar a concorrência desleal na actividade económica empresarial.